Prisioneiro B-3087, Allan Gratz


Baseado na vida de Ruth e Jack Gruener
"Era tarde demais. Os alemães já tinham chegado. Se eu soubesse então o que sei agora, teria corrido. Não teria parado para fazer uma mala, despedir-me dos amigos ou mesmo desligar meu projetor. Nenhum de nós teria. Teríamos fugido para o bosque nos arredores da cidade sem nunca olhar para trás. Mas não fugimos. Ficamos ali, no apartamento de minha família, ouvindo a rádio e vendo o céu sobre Cracóvia escurecer enquanto os alemães vinham para nos matar."
Em 1939, aos 10 anos, Yanek Gruener testemunha o acontecimento que mudaria sua vida para sempre: a invasão da Polônia pelo exército alemão, estopim da Segunda Guerra Mundial. O menino é então aprisionado em seu bairro, agora transformado num gueto judeu, cercado por muros intransponíveis. Mas esses foram os melhores dias...
Do início da guerra até seu fim em 1945, Yanek viveu o horror do Holocausto. Passou por dez campos de concentração diferentes, enfrentou viagens em vagões de transporte de gado em condições chocantes e duas vezes marchou por estradas intermináveis.
Mal alimentado, sujo, subjugado, Yanek é, mais do que tudo, um exemplo de perseverança e vontade de viver. Sua jornada, contada décadas depois, é um tocante depoimento histórico que não pode jamais ser esquecido.

Biblioteca Viva

Em 1947 Érico Veríssimo começou a escrever a trilogia "O Tempo e o Vento", cuja publicação só termina em 1962. Recebe vários prêmios, como o Jabuti e o Pen Club. Em 1965 publica "O Senhor Embaixador", ambientado num hipotético país do Caribe que lembra Cuba. Em 1967 é a vez do "Prisioneiro", parábola sobre a intervenção do Estados Unidos no Vietnam. Em plena ditadura, lança "Incidente em Antares" (1971), crítica ao regime militar. Em 1973 sai o primeiro volume de "Solo de Clarineta", seu livro de memórias. Morre em 1975, quando terminava o segundo volume, publicado postumamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Instagram