A hisória secreta do último filme de Stanley Kubrick

Diziam que ele era um ermitão. Que não gostava de viajar de avião, nem num carro que estivesse a mais de 80 km por hora. Que evitava tirar fotos e vivia morrendo de medo de ser assassinado. Como diretor de cinema era obcecado pela perfeição. Fazia questão de ter controle total de todas as etapas do processo. Cenas simples exigiam uma centena de tomadas. Não é de espantar que, em 36 anos, ele tenha feito apenas seis filmes.
Mas como ele era realmente? Durante mais de, Frederick Raphael foi estreito colaborador de Stanley Kubrick no roteiro do filme De Olhos Bem Fechados, que haveria de ser o último trabalho do diretor. Com o tempo, à medida que a cautela profissional foi sendo substituída por uma espécie de afeto por Raphael, Kubrick baixou a guarda como nunca tinha feito para nenhum jornalista ou biógrafo, revelando muita coisa sobre o íntimo de sua carreira no cinema e os reveses e humilhações que teve que enfrentar. Conversaram, durante horas, sobre uma porção de assuntos diferentes, de Júlio César ao Holocausto, das opiniões de Kubrick sobre outros diretores até as reminiscências das muitas estrelas com quem os dois tinham trabalhado (ou quase trabalhado): Kirk Douglas, Audrey Hepburn, James Mason, Peter Sellers, Marisa Berenson, Sterling Hayden, Marlon Brando e Gregory Peck.
Neste livro, com seu típico estilo cinematográfico, Frederick Raphael faz a crônica dessas conversas, não raro exaltadas, capturando o som da voz de Kubrick como ninguém jamais conseguiu. Desprezando a veneração, ele abre os nossos olhos para a mente e a arte de um gênio do século XX - um artista verdadeiramente completo e que, por isso mesmo, até não tinha sido totalmente revelado.
Pela primeira vez, também s desvenda um mistério guardado a sete chaves pelo próprio Kubrick e, depois de sua morte, pela Warner Bros: a história secreta de Eyes Wide Shut, o filme no qual Stanley Kubrick envolveu, numa grande ousada história de paixão e erotismo, Tom Cruise e Nicole Kidman, um dos mais belos casais do cinema neste século.

Biblioteca Viva

Em 1947 Érico Veríssimo começou a escrever a trilogia "O Tempo e o Vento", cuja publicação só termina em 1962. Recebe vários prêmios, como o Jabuti e o Pen Club. Em 1965 publica "O Senhor Embaixador", ambientado num hipotético país do Caribe que lembra Cuba. Em 1967 é a vez do "Prisioneiro", parábola sobre a intervenção do Estados Unidos no Vietnam. Em plena ditadura, lança "Incidente em Antares" (1971), crítica ao regime militar. Em 1973 sai o primeiro volume de "Solo de Clarineta", seu livro de memórias. Morre em 1975, quando terminava o segundo volume, publicado postumamente.

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