O Capital no Século XXI, Thomas Piketty


Que dinâmicas movimentam o acúmulo e a distribuição do capital? O tema da política econômica há muito suscita debates constantes sobre crescimento, concentração da riqueza e o aumento da desigualdade. No entanto, a carência de dados adequados dificulta o acesso a respostas satisfatórias.
Em O capital no século XXI, o economista francês Thomas Piketty apresenta um conjunto inédito de dados de vinte países para os últimos duzentos anos. O autor demonstra que o crescimento econômico e a difusão do conhecimento ao longo do século XX impediram que se concretizasse o cenário apocalíptico preconizado por Karl Marx, mas, ao contrário do que o otimismo dominante após a Segunda Guerra Mundial costuma sugerir, a estrutura básica do capital e da desigualdade permaneceu relativamente inalterada. Piketty constata, com absoluta clareza, que a taxa de rendimento do capital supera o crescimento econômico — e isso se traduz numa concentração cada vez maior da riqueza, um círculo vicioso de desigualdade que, a um nível extremo, pode levar a um descontentamento geral e até ameaçar os valores democráticos. Contudo, Piketty ressalta que tendências econômicas não são forças da natureza: a intervenção política já foi capaz de reverter tal quadro no passado e poderá voltar a fazê-lo.
O capital no século XXI, já considerado referência entre os economistas, contribui para renovar inteiramente nossa compreensão sobre a dinâmica do capitalismo. Ao destacar a contradição fundamental da relação entre o crescimento econômico e o rendimento do capital, esta obra monumental está revolucionando o pensamento econômico atual e instigando uma reflexão profunda sobre as questões mais prementes de nosso tempo.

Biblioteca Viva

Em 1947 Érico Veríssimo começou a escrever a trilogia "O Tempo e o Vento", cuja publicação só termina em 1962. Recebe vários prêmios, como o Jabuti e o Pen Club. Em 1965 publica "O Senhor Embaixador", ambientado num hipotético país do Caribe que lembra Cuba. Em 1967 é a vez do "Prisioneiro", parábola sobre a intervenção do Estados Unidos no Vietnam. Em plena ditadura, lança "Incidente em Antares" (1971), crítica ao regime militar. Em 1973 sai o primeiro volume de "Solo de Clarineta", seu livro de memórias. Morre em 1975, quando terminava o segundo volume, publicado postumamente.

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