O Pai Goriot, Honoré de Balzac


Vindo do interior, o estudante Rastignat chega a Paris cheio de ambições, vigor e ilusões efervescentes. Na pensão onde se hospeda, conhece os mais diversos tipos, dentre ele o pai Goriot, um octogenário ofuscado pelo amor infinito que dedica às duas filhas, que o abandonam. Ansioso por integrar a alta sociedade, Rastignat vê os seus anseios de juventude confrontados com a crueza e a ferocidades das relações sociais, o poder deformador do dinheiro e o jogo de alianças, ciúmes e interesses.
Com seu virtuoso descritivo e narrativo, Balzac (1799-1850) traça o retrato da capital francesa no início do século XIX, seus ambientes, ruas e habitantes – de uma hospedaria simplória a grande mansão aristocrática, do foragido cheio de ardis ao escritor brioso, passando por mesquinhos políticos, condes e condessas-, e conta uma história de incrível atualidade, em que a firmeza de caráter e o amor de Goriot constituem, para Rastignat, o necessário contrapeso à pressão exercida pelo vício sobre a virtude.
Bernardo Ajzenberg
Escritor e Tradutor

Biblioteca Viva

Em 1947 Érico Veríssimo começou a escrever a trilogia "O Tempo e o Vento", cuja publicação só termina em 1962. Recebe vários prêmios, como o Jabuti e o Pen Club. Em 1965 publica "O Senhor Embaixador", ambientado num hipotético país do Caribe que lembra Cuba. Em 1967 é a vez do "Prisioneiro", parábola sobre a intervenção do Estados Unidos no Vietnam. Em plena ditadura, lança "Incidente em Antares" (1971), crítica ao regime militar. Em 1973 sai o primeiro volume de "Solo de Clarineta", seu livro de memórias. Morre em 1975, quando terminava o segundo volume, publicado postumamente.

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