Malone Morre, Samuel Beckett


Um dos maiores escritores da segunda metade do século XX, o irlandês Samuel Beckett (1906-1989) recebeu o Nobel de Literatura em 1969 e ficou para sempre lembrado pela peça 'Esperando Godot'. No entanto, o ponto alto da sua obra está em narrativas como 'Malone Morre' (1951), segundo livro da trilogia composta ainda por 'Murphy' e 'O inominável'. Trata-se quase de literatura abstrata: sem enredo, trama, personagens. No livro, um homem muito velho está preso, nu e inválido, a uma cama do que parece ser um hospital. Toma uma sopa diária e escreve a lápis, num caderno, uma espécie de diário em que mistura pensamentos e histórias sem sentido de pessoas que talvez possam ter sido ele mesmo, não se sabe. Como é comum em Beckett, observa-se e reflete-se sobre o quase nada da vida, tratada com humor sinistro, como se fosse um acúmulo de banalidades fúteis, do qual pouco sobra na memória dos narradores beckettianos - doentes, velhos, mendigos, palhaços.

Biblioteca Viva

Em 1947 Érico Veríssimo começou a escrever a trilogia "O Tempo e o Vento", cuja publicação só termina em 1962. Recebe vários prêmios, como o Jabuti e o Pen Club. Em 1965 publica "O Senhor Embaixador", ambientado num hipotético país do Caribe que lembra Cuba. Em 1967 é a vez do "Prisioneiro", parábola sobre a intervenção do Estados Unidos no Vietnam. Em plena ditadura, lança "Incidente em Antares" (1971), crítica ao regime militar. Em 1973 sai o primeiro volume de "Solo de Clarineta", seu livro de memórias. Morre em 1975, quando terminava o segundo volume, publicado postumamente.

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