A outra volta do parafuso, Henry James


É ao pé do fogo que Outra volta do parafuso começa. Um grupo de amigos, numa vés­pera de Natal, conversa e relata casos fantásticos, histórias de ar­repiar e dar medo. Um dos par­ticipantes dessa reunião, um tal Douglas, instigado pelo que ou­vira dos amigos, resolveu tirar da gaveta uma narração muito mais arrepiante do que todas as que eles tinham ouvido naquela sala. De­pois de escutar algumas histórias, como a do fantasma de Griffin, que aparecera a uma criança, ele revelou que a sua seria mais emo­cionante: "Se uma criança aumen­ta a emoção da história e dá outra volta ao parafuso, que diriam os senhores de duas crianças?". O clima de suspense não pode­ria ser maior. Com esse diálogo, Henry James praticamente cola o livro na mão do leitor. No en­tanto, todos terão de esperar um pouco pelo tão esperado relato, pois Douglas manda buscá-lo em sua casa, que fica em outra cidade. Sim, tratava-se de uma narrativa escrita, um documento que ele recebera da preceptora de sua irmã, que vivenciou o que será contado.

Biblioteca Viva

Em 1947 Érico Veríssimo começou a escrever a trilogia "O Tempo e o Vento", cuja publicação só termina em 1962. Recebe vários prêmios, como o Jabuti e o Pen Club. Em 1965 publica "O Senhor Embaixador", ambientado num hipotético país do Caribe que lembra Cuba. Em 1967 é a vez do "Prisioneiro", parábola sobre a intervenção do Estados Unidos no Vietnam. Em plena ditadura, lança "Incidente em Antares" (1971), crítica ao regime militar. Em 1973 sai o primeiro volume de "Solo de Clarineta", seu livro de memórias. Morre em 1975, quando terminava o segundo volume, publicado postumamente.

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