O Curioso Caso de Benjamin Button, F. Scott FitzGerald


Nascer, crescer, envelhecer e morrer são etapas de todo destino e só a ficção permite imaginar outros rumos. F. Scott Fitzgerald (1896-1040) fantasiou a inversão da seta do tempo em 'O Curioso Caso de Benjamin Button', a saga de um homem que nasce velho e morre bebê. O autor conquistou fama aos 23 anos com um romance sobre a ascensão de um jovem, como ele, impaciente para conquistar o mundo. Logo encontrou mais de um estímulo para assumir o papel de ícone de uma era, os anos 1920, louca, impulsiva, acelerada. Uma nota em seu diário diz: "A felicidade depende do bom desempenho das funções naturais, exceto uma - envelhecer". Sua morte, aos 44 anos, exemplifica o lema "viva rápido, morra jovem", um modo até hoje eficaz de alcançar a imortalidade. 'O Curioso Caso de Benjamin Button', publicado em 1922, combina fantasia e realismo para anunciar a busca por rejuvenescimento que convertemos em obsessão. Não falta, porém, melancolia a esta fábula que inverte a cronologia para concluir das contas tanto faz ganhar ou perder.

Biblioteca Viva

Em 1947 Érico Veríssimo começou a escrever a trilogia "O Tempo e o Vento", cuja publicação só termina em 1962. Recebe vários prêmios, como o Jabuti e o Pen Club. Em 1965 publica "O Senhor Embaixador", ambientado num hipotético país do Caribe que lembra Cuba. Em 1967 é a vez do "Prisioneiro", parábola sobre a intervenção do Estados Unidos no Vietnam. Em plena ditadura, lança "Incidente em Antares" (1971), crítica ao regime militar. Em 1973 sai o primeiro volume de "Solo de Clarineta", seu livro de memórias. Morre em 1975, quando terminava o segundo volume, publicado postumamente.

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