Mestre da união entre prazer e conhecimento, lembrança e contemplação, beleza e dor, Marcel Proust (1871 – 1922) nos leva a mergulhar nas reminiscências de uma perda: a separação definitiva entre o narrador do livro e Albertine, sua amada eternamente volátil.
Não se trata, porém, de um relato lamuriento. Pois, como se lê no próprio texto, “há momentos da vida em que uma espécie de beleza nasce da multiplicidade de aborrecimentos que nos assalta”. Com sua capacidade de criar verdadeiras paisagens verbais, Proust transforma o sofrimento em arte, passando pela música, o luto e a esperança, são estes os elementos com os quais a prosa inigualável do autor nos embala.
Além de seu valor autônomo, este livro é uma porta de entrada, de gala,
para o universo do monumental Em busca do tempo perdido, uma aventura
literária – talvez a maior do século XX --- que custou mais de catorze
anos ao autor e da qual faz parte A Fugitiva.
Bernardo Ajzenberg
Escritor e tradutor
Bernardo Ajzenberg
Escritor e tradutor
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