Autópsia do Medo, de Percival de Sousa. (Livro Cativo)


Autópsia do Medo é um estudo profundo sobre seu objeto. O campo da pesquisa é a memória de um homem que, baseado no destro uso do medo, levou a cabo uma guerra terrível e vitoriosa contra os inimigos do status quo que representou e defendeu. Mas o temível delegado Fleury aqui revelado não é o monstro desapiedado e óbvio que ele mesmo cultivou com alterego para intimidar a quem interessar pudesse. É o que casou, teve filhos, amigos, nutriu uma paixão avassaladora - e correspondida - por uma mulher da banda inimiga, e que se notabilizou como profissional dedicado, cotidiana e metodicamente aplicado a elaborar o terror em sua mais pura composição.

Biblioteca Viva

Em 1947 Érico Veríssimo começou a escrever a trilogia "O Tempo e o Vento", cuja publicação só termina em 1962. Recebe vários prêmios, como o Jabuti e o Pen Club. Em 1965 publica "O Senhor Embaixador", ambientado num hipotético país do Caribe que lembra Cuba. Em 1967 é a vez do "Prisioneiro", parábola sobre a intervenção do Estados Unidos no Vietnam. Em plena ditadura, lança "Incidente em Antares" (1971), crítica ao regime militar. Em 1973 sai o primeiro volume de "Solo de Clarineta", seu livro de memórias. Morre em 1975, quando terminava o segundo volume, publicado postumamente.

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