As Ilusões Armadas, Elio Gaspari (Livro Cativo)


1. A Ditadura Envergonhada

"Portentoso painel dos anos mais tormentosos da história contemporânea do país. Em quantidade de informação, não há nada parecido. Pelo estilo, trata-se de uma obra de arte... Uma obra-prima da reportagem de reconstituição histórica. Encontram-se aqui alguns dos momentos em que a prosa jornalística atinge seus mais altos níveis de excelência estética... É a prova de que uma narrativa se pode usar leveza e graça sem perda de densidade; que é possível oferecer prazer e leitura sem sacrifício de substância; que um admirável equilíbrio permite a coexistência de fatos e interpretação, relato e opinião, análise e síntese.

Zuenir Ventura

"Como um plot detetivesco, Elio persegue os caminhos e pistas de como foi armado o golpe de 1964 e de como, 21 anos mais tarde, foi desmontada a ditadura. A presença de Geisel e Golbery nas duas situações faz deles o centro do enredo tramado com talento indiscutível. A partir daí, começam a se abrir para o leitor várias senhas para o entendimento da lógica estrutural das políticas militares, das nuances do metabolismo que move corporações fechadas e, enfim, a voz, por tanto tempo silenciada, dos gestores da ditadura."

Biblioteca Viva

Em 1947 Érico Veríssimo começou a escrever a trilogia "O Tempo e o Vento", cuja publicação só termina em 1962. Recebe vários prêmios, como o Jabuti e o Pen Club. Em 1965 publica "O Senhor Embaixador", ambientado num hipotético país do Caribe que lembra Cuba. Em 1967 é a vez do "Prisioneiro", parábola sobre a intervenção do Estados Unidos no Vietnam. Em plena ditadura, lança "Incidente em Antares" (1971), crítica ao regime militar. Em 1973 sai o primeiro volume de "Solo de Clarineta", seu livro de memórias. Morre em 1975, quando terminava o segundo volume, publicado postumamente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Instagram