Imagine uma época em que os livros configuram uma ameaça ao sistema, uma sociedade onde eles são proibidos. Para exterminá-los, basta chamar os bombeiros - profissionais que outrora se dedicavam à extinção de incêndios, mas que agora são os responsáveis pela manutenção da ordem, queimando publicações e impedindo que o conhecimento se dissemine como como praga. Para coroar a alienação em que vive essa nova sociedade, as casas são dotadas de televisores que ocupam paredes inteiras de cômodos, e exibem "famílias" com as quais se pode dialogar, como se estas fossem de fato reais.
Este é o
cenário em que vive Guy Montag, bombeiro que atravessa séria crise
ideológica. Sua esposa passa o dia entretida com seus "parentes
televisivos", enquanto ele trabalha arduamente. Sua vida vazia é
transformada quando ele conhece sua vizinha Clarisse, uma adolescente
que reflete sobre o mundo à sua volta e que o instiga a fazer o mesmo. O
sumiço misterioso de Clarisse leva Montag a se rebelar contra a
política estabelecida, e ele passa a esconder livros em sua própria
casa. Denunciado por sua ousadia, é obrigado a mudar de tática e
obrigado a buscar aliados na luta pela preservação do pensamento e da
memória.
Um clássico literário e mundial. Fahrenheit 451 é não só uma crítica à repressão política mas também à superficialidade da era da imagem, sintomática do século XX e que ainda parece não esmorecer.
Um clássico literário e mundial. Fahrenheit 451 é não só uma crítica à repressão política mas também à superficialidade da era da imagem, sintomática do século XX e que ainda parece não esmorecer.
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