"Ecce Homo!", de Samyr Cruz


"Dê-me o benefício das suas convicções, se as tiver, mas guarde para si as dúvidas. Bastam-me as que tenho."

Goethe, Joham

"O castigo daqueles que amaram muito as mulheres é amá-las para sempre."

Joubert, Joseph

O título deste texto, cuja tradução do latim significa "assim é o homem" ou "eis o homem", refere-se às palavras ditas, segundo o evangelho, por Pôncio Pilatos ao apresentar Jesus aos Judeus em seu fatídico julgamento. Posteriormente, os termos também seriam massificados pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche como tema de sua obra autobiográfica.

Apesar das referências às duas obras em cujos textos a expressão se faz presente, na obra que se segue, ela evoca o mister de apresentar ao leitor uma narrativa voltada para as reflexões de um homem indeciso e errante, em um mundo desconhecido, onde sua intelectualidade e seu prestígio de outrora serão reduzidos a incertezas, nada mais.

Espero que , através de diálogos rápidos, poemas diversos e caracteres cênicos, voltados essencialmente à descrição da rotineira tragédia humana, consigamos lograr êxito quanto ao objetivo maior desejado nesta ficção - o envolvimento.

Biblioteca Viva

Em 1947 Érico Veríssimo começou a escrever a trilogia "O Tempo e o Vento", cuja publicação só termina em 1962. Recebe vários prêmios, como o Jabuti e o Pen Club. Em 1965 publica "O Senhor Embaixador", ambientado num hipotético país do Caribe que lembra Cuba. Em 1967 é a vez do "Prisioneiro", parábola sobre a intervenção do Estados Unidos no Vietnam. Em plena ditadura, lança "Incidente em Antares" (1971), crítica ao regime militar. Em 1973 sai o primeiro volume de "Solo de Clarineta", seu livro de memórias. Morre em 1975, quando terminava o segundo volume, publicado postumamente.

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